Países árabes querem posicionamento da ONU

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Os países árabes pressionam para que a ONU condene Israel por violações aos direitos humanos do povo palestino. Logo após os ataques de hoje do exército de Israel, diplomatas dos países árabes começaram a articular a possibilidade de que a Organização das Nações Unidas (ONU) paralise as atividades da Comissão de Direitos Humanos para a realização de uma sessão especial em Genebra para debater o conflito na Palestina. A idéia dos árabes, liderados pela Síria e Argélia, é de que a Comissão de Direitos Humanos se dedique exclusivamente à situação no Oriente Médio. O objetivo da reunião seria estabelecer medidas para evitar que o exército israelense continue atacando civís palestinos e Yasser Arafat. No ano passado, a proposta já havia sido cogitada, mas a presença dos Estados Unidos na Comissão de Direitos Humanos acabou evitando que a reunião ocorresse. Desta vez, a exclusão dos diplomatas norte-americanos da reunião poderá facilitar a aprovação da proposta, que deverá ser debatida no começo da próxima semana. Essa é a primeira vez na história da ONU que os Estados Unidos ficaram de fora da Comissão de Direitos Humanos, já que acabaram não sendo eleitos pelos demais países da ONU para participar da reunião. Paz Além das iniciativas dos árabes, a Suíça divulgou hoje que o governo entrou em contato tanto com chanceler israelense, Shimon Perez, como com as autoridades palestinas oferecendo Genebra como sede de uma conferência internacional de paz para debater o conflito. "Estamos nos oferecendo para mediar o conflito, que está entrando em uma situação perigosa para todo o mundo", afirmou um diplomata suíço, que garante que Arafat ainda tem o apoio dos países europeus e que é o líder legítimo dos palestinos. Ninguém, nem no governo suíço nem na sede da ONU, nega que, por enquanto, os maiores obstáculos para a realização da conferência de paz são os sinais de que as partes parecem não estar dispostas a um diálogo, pelo menos no caso dos israelenses.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.