A comissão de direitos humanos criada pelas nações do Sudeste Asiático não deve interferir nos problemas internos de direitos humanos como a atual crise em Mianmar, mas sim proteger os seus países-membros da interferência estrangeira. A recomendação foi feita por diplomatas da região e consta de um relatório ao qual a agência de notícias Associated Press teve acesso. O relatório foi elaborado pela Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), cujos líderes adotaram um marco regulatório que determina a criação de uma agência de direitos humanos entre outras medidas. As recomendações do relatório confirmam que a agência não teria poder para interferir em violações ostensivas de direitos humanos, como é o caso de Mianmar. O conteúdo revela a grande relutância da Asean de cobrar explicações de qualquer um de seus membros ou responsabilizá-los publicamente pela clara violação dos direitos humanos, como em Mianmar, onde 15 pessoas foram mortas durante protestos pró-democracia em setembro.