Centenas de milhares de pessoas preparam-se para festejar, nas ruas e praças da Europa, a histórica ampliação da União Européia, de 15 países para 25. A UE expandida, que inclui uma ampla fatia do antigo bloco soviético - durante décadas, separado do Ocidente por cercas de arame farpado e ideologia - dá origem a uma comunidade de 450 milhões de cidadãos, uma superpotência que rivaliza com os Estados Unidos. A nova UE surge oficialmente à meia-noite. A expansão traz à União Européia oito países da antiga órbita comunista - República Checa, Estônia, Letônia, Lituânia, Hungria, Polônia, Eslováquia e Eslovênia - bem como Chipre e Malta. Chefes de Estado estão se reunindo na Irlanda, que encerra seu período na presidência da UE, para um ?Dia de Boas-Vindas? neste sábado em Dublin. ?Para mim, é um grande dia?, diz Lenka Sladka, estudante universitário em Praga. ?Agora podemos viajar e estudar livremente, em qualquer lugar. Meus pais nunca puderam nem sonhar com isso?. A bandeira da UE foi hasteada no palácio presidencial da Eslováquia, onde o presidente do Parlamento, Pavol Hrusovsky, fez um discurso sobre o progresso do país desde o fim do comunismo. ?Em 1989, cortamos o arame farpado. Pedaços desse arame se tornaram, para nós, um símbolo do fim do regime totalitário?, disse ele. ?Para a geração que viveu no cativeiro do arame farpado, a União Européia é a realização de um sonho?.