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Países europeus criticam plano de Bush para o Iraque

Principal aliada dos EUA no combate ao terrorismo, a Grã-Bretanha foi receptiva à preocupação em proporcionar segurança, mas afirmou que não irá enviar tropas

Por Agencia Estado
Atualização:

O anúncio do envio de mais 21.500 soldados americanos ao Iraque foi recebido cautelosamente pelos principais países europeus, que afirmaram que o engajamento de mais tropas não significa sucesso na investida dos EUA. Além disso, muitos líderes europeus destacaram que o novo plano não contém novas idéias políticas A Grã-Bretanha foi o primeiro país europeu a se pronunciar e se mostrou receptiva à preocupação americana em proporcionar mais segurança no Iraque, mas afirmou que não pretende enviar novas tropas. Segundo a secretária de Relações Exteriores da Grã-Bretanha, Margaret Beckett, "a Inglaterra não pretende mandar novas tropas britânicas ao Iraque no momento". O ministro francês de Assuntos Exteriores, Philippe Douste-Blazy, disse, por sua vez, que é necessária uma política para solucionar a situação no Iraque. "Indo além das propostas de Bush, nós pensamos que a única solução para que o Iraque reencontre sua estabilidade, soberania, integridade territorial e unidade nacional é a participação de todos os setores locais nas decisões políticas do país", disse Douste-Blazy em comunicado divulgado após o anúncio do presidente americano. Na Rússia, o ministro da Defesa, Vladimir Shamanov, afirmou que o envio das novas tropas não mudará radicalmente a situação no Iraque. Para o ministro Russo, a principal fraqueza do plano de Bush é a "falta de autoridade nas províncias, o que dificulta a implementação da paz". Já na Suécia, o ministro de relações exteriores, Carl Bildt, afirmou que no novo plano de Bush faltam novas idéias políticas e o líder democrata dinamarquês culpou os Estados Unidos pela situação iraquiana. UE não aprova envio de tropas A presidência alemã da União Européia afirmou nesta quinta-feira, por sua vez, que compartilha a preocupação de Bush sobre a violência no Iraque, mas não aprovou a medida de Bush de mandar mais tropas ao país. Em um comunicado feito em Berlim, a presidência da União Européia disse que "dezenas de pessoas inocentes morrem diariamente no Iraque". "A presidência reafirma o esforço da União Européia por um Iraque seguro, estável e unido."

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