
11 de dezembro de 2010 | 20h49
Receios sobre a segurança do duto e dos funcionários que o construirão geram dúvidas sobre a viabilidade do projeto no curto prazo, mas os representantes dos três países acreditam que a introdução da estrutura pode acalmar a região.
"Juntamente com os benefícios comerciais e econômicos, este projeto também renderá uma influência estabilizadora sobre a região", disse o presidente do Turcomenistão, Gurbanguli Berdymukhamedov, após os líderes assinarem o acordo. "O Afeganistão cumprirá a obrigação de garantir a construção e a segurança da linha", disse o presidente afegão, Hamid Karzai.
A construção do gasoduto é vista com bons olhos pelos EUA, que é fortemente contra a possibilidade de Índia e Paquistão comprarem gás do Irã.
O conteúdo do documento assinado por Karzai, Berdymukhamedov, pelo presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, e pelo ministro de Petróleo da Índia, Murli Deora, não foi publicado, mas o próximo passo, aparentemente, seria obter os recursos financeiros e as propostas para a construção do gasoduto.
"Esse projeto não será fácil de completar - é obrigatório garantirmos a segurança do duto e a qualidade do trabalho de construção", disse o presidente do Banco de Desenvolvimento Asiático, Haruhiko Kuroda. Ele disse que o banco ofereceria apoio ao plano, mas não especificou qual seria esse apoio.
Berdymukhamedov disse que o duto poderia transportar até 33 bilhões de metros cúbicos de gás por ano. A Índia e o Paquistão receberiam cada um uma fatia de 42% do gás transportado. O Afeganistão receberia o restante. As informações são da Associated Press.
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