Países nórdicos dominam ranking de igualdade sexual

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Mais uma vez, os países nórdicos dominaram o ranking de igualdade entre os sexos elaborado pelo Fórum Econômico Mundial. A Nova Zelândia entrou no seleto grupo dos cinco países onde há menos desigualdade, e os Estados Unidos ficaram apenas em 31o lugar. O Brasil caiu sete posições em relação a 2006, ficando em 74o, mas o relatório ressalvou que a queda se deveu mais à entrada de novos países em posições superiores que à piora em seu desempenho. "O Brasil ... mostrou melhora em indicadores de participação econômica ..., renda estimada e igualdade salarial para trabalhos semelhantes. No entanto, o Brasil continua apresentando uma performance relativamente ruim na educação e na representação política", afirmou o documento, que destacou a boa situação da igualdade na saúde -- primeiro lugar na América Latina e no Caribe, empatado com outros 16 países. Suécia, Noruega, Finlândia e Islândia mantiveram-se nos quatro primeiros postos do Índice de Igualdade entre os Sexos de 2007, divulgado na quinta-feira pela entidade suíça. O fórum comparou quatro áreas: diferenças entre os salários, acesso à educação, representação política e saúde, incluindo a expectativa de vida. Os países nórdicos conseguiram boas notas nas quatro áreas, embora "nenhum país tenha ainda atingido a igualdade entre os sexos", segundo o documento. Os quatro países melhoraram suas notas para a participação das mulheres na economia, principalmente pela diminuição na diferença entre homens e mulheres no que diz respeito à participação no mercado de trabalho e aos salários. A Nova Zelândia subiu duas posições e chegou a quinto, e as Filipinas ficaram em sexto pelo segundo ano seguido, graças à maior igualdade na participação na economia. A Alemanha caiu de quinto para sétimo. A lista é composta por 128 países, e os piores colocados foram Iêmen, Chade, Paquistão, Nepal e Arábia Saudita. Os Estados Unidos caíram oito posições em relação a 2006, por causa da piora nas oportunidades econômicas e de emprego para mulheres, apesar de a representação política ter melhorado um pouco, afirmou o fórum. A França subiu 19 lugares, chegando ao 51a posto, pelo aumento da participação feminina da força de trabalho. Já a Suíça perdeu 14 posições, caindo para o 40o lugar. O país mais bem colocado da América Latina foi Cuba, em 22o lugar, seguido pela Colômbia (24o), pela Costa Rica (28o) e pela Argentina (33o). Cuba participou do ranking pela primeira vez, junto com outros 12 países estreantes. Praticamente todos os dados usados para compilar a lista foram baseados em agências da Organização das Nações Unidas (ONU). (Reportagem de Laura MacInnis e Stephanie Nebehay)

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