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Países podem definir novas sanções contra Irã nesta semana

Pacote de restrições não será tão duro quanto desejam Washington e seus aliados

Por Agencia Estado
Atualização:

Os EUA, o Reino Unido, a França e a Alemanha estão próximos de fechar um acordo com a Rússia e a China sobre um novo pacote de sanções contra o Irã. Porém, as restrições não serão tão duras quanto querem Washington e seus aliados. De acordo com um representante americano, o Conselho de Segurança da ONU pode votar as sanções propostas ainda nesta semana. Uma das medidas que deve ser descartada pelo grupo proíbe oficiais iranianos envolvidos no programa nuclear de deixarem o país. Também deve ser vetada a proibição da importação de armas e o fim das garantias concedidas a companhias que atuam no país. Porém, de acordo com os diplomatas, as novas sanções incluem um embargo à exportação de armas, o fim dos empréstimos do governo ao Irã e o congelamento dos bens de indivíduos e empresas ligados ao programa nuclear de Teerã. "É um pacote próximo ao ideal", disse o representante da embaixada americana Alejandro Wolff. "Logo, há algumas medidas que nos satisfazem e outras que não nos agradam completamente." Os EUA e os países europeus são favoráveis à aplicação de todas as medidas sugeridas anteriormente. No entanto, a Rússia e a China, que têm relações comerciais mais fortes com o Irã, hesitam em impor todas as sanções discutidas. As medidas têm como objetivo forçar o Irã a suspender seu programa de enriquecimento de urânio que, segundo Washington e seus aliados, estaria voltado para a produção de armas nucleares. O país, no entanto, alega que sua intenção é aumentar a produção de energia. Na segunda-feira, 12, os embaixadores realizaram uma reunião a portas fechadas e mostraram-se otimistas, mas preocupados com os eventuais problemas que podem resultar de cada uma das sanções discutidas. "Esse foi o melhor encontro que tivemos desde o início dessas negociações", disse o embaixador da França na ONU, Jean-Marc de La Sablière. "Progredimos muito e, agora, estamos muito próximos de um novo acordo."

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