Países se unem em repúdio ao atentado em Bagdá

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Por Agencia Estado
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Líderes mundiais definiram o ataque suicida ao escritório da ONU em Bagdá como "um ato de barbárie" e declararam que o atentado não intimidaria a diplomacia. O atentado foi um "ato desprezível contra pessoas que estavam trabalhando pelo futuro do Iraque e um ataque contra a determinação da comunidade internacional de reconstruir o país" disse Javier Solana, chefe das relações exteriores e de segurança da União Européia. "O mundo civilizado não será intimidado", proclamou o presidente dos Estados Unidos, George Bush. O governo britânico disse que o atentado prova que as forças de coalizão estavam certas ao buscar destituir Saddam Hussein e seu governo do poder. Líderes de vários países que estavam divididos em relação à necessidade de invadir o Iraque se uniram nas expressões de repúdio ao atentado contra a ONU. O presidente francês Jacques Chirac, que se opôs à invasão, disse que o trabalho da ONU no Iraque era exemplar e essencial, citando o diplomata Sérgio Vieira de Mello, morto no ataque. "Aqueles que mataram Vieira de Mello cometeram um crime , não apenas contra a ONU, mas contra o próprio Iraque", disse o secretário-geral da ONU, Kofi Annan. Para ele, Vieira de Mello era um "incansável servo da humanidade". O chanceler alemão Gerhard Schroeder, que também se apôs à invasão do Iraque, ofereceu nesta terça apoio à ONU. "Nós temos interesses nacionais na paz e estabilidade do Oriente Médio, e naturalmente uma das chaves disso é a reconstrução do país." Em comunicado, a Rússia disse que o atentado foi uma barbárie que ``apontou para a dificuldade do processo pós-guerra no Iraque". Os países árabes, quase unânimes em discordar da invasão ao Iraque, disseram hoje que o atentado não deve destituir a ONU da vontade de ajudar a reconstruir o Iraque. "Nenhuma causa política pode justificar um ataque intencional contra civis" disse Joanna Weschler, representante da ONU para os Direitos Humanos. "O que aconteceu em Bagdá viola o mais fundamental princípio das leis internacionais."

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