23 de janeiro de 2013 | 21h30
Falando a jornalistas após uma reunião do Conselho de Segurança acerca do Oriente Médio, o chanceler palestino, Riad Malki, disse que a decisão do seu governo dependerá em grande parte do que Israel fará com a área conhecida como E1, vizinha aos subúrbios árabes de Jerusalém Oriental.
"Se Israel quiser ir adiante na implementação do plano (de assentamento) da E1 e outros planos correlatos ao redor de Jerusalém, então, sim, vamos ao TPI", disse ele. "Não temos outra opção. Depende da decisão israelense."
Os palestinos já haviam sugerido anteriormente que poderiam levar suas disputas com Israel ao TPI, mas nunca haviam feito uma ameaça tão explícita quanto nos comentários de Malki nesta quarta-feira.
O TPI processa casos de genocídio, crimes de guerra e outras violações graves de direitos humanos.
Para denunciar Israel, os palestinos precisariam solicitar sua adesão ao tribunal, o que se tornou possível depois que em novembro a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas elevou a Autoridade Palestina ao status de "Estado não-membro" da ONU, o que, na prática, equivaleu a um reconhecimento implícito de sua soberania.
(Reportagem adicional de Michelle Nichols)
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