Palestinos 'congelam contatos’ com Israel após medidas de segurança na Cidade Velha de Jerusalém

Mahmoud Abbas disse que manterá decisão até que determinações impostas pelos israelenses na Esplanada das Mesquitas sejam anuladas

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RAMALLAH, CISJORDÂNIA - O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, anunciou nesta sexta-feira, 21, que "congelou os contatos" com Israel até que as novas medidas impostas por Israel na Esplanada das Mesquitas, na Cidade Velha de Jerusalém, sejam anuladas.

Abbas conversou com jornalistas após um dia marcado por confrontos entre manifestantes palestinos e forças israelenses, que deixaram pelo menos três mortos e centenas de feridos em Jerusalém e na Cisjordânia.

Mahmoud Abbas conversou com jornalistas após um dia marcado por confrontos entre manifestantes palestinos e as forças israelenses Foto: AFP PHOTO / ABBAS MOMANI

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A Esplanada das Mesquitas, onde estão o Domo da Rocha e a Mesquita de Al-Aqsa, fica na Cidade Antiga de Jerusalém, setor palestino da cidade santa. Sua anexação por parte de Israel nunca foi reconhecida pela comunidade internacional.

Desde domingo, os palestinos denunciam a instalação de detectores de metal nas entradas do lugar santo, decidida pelo governo de Israel depois do ataque contra policiais israelenses no dia 14 de julho, perto do local.

A medida reacendeu o temor dos palestinos de que o país tome o controle exclusivo do terceiro lugar santo do Islã, que também é venerado pelos judeus, chamado Monte do Templo. Os palestinos decidiram, então, não ir à Esplanada e fazer suas orações na Cidade Antiga.

Nesta semana, houve confrontos quase diários com a polícia israelense. Nos últimos dias, a imprensa local informou que o primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, cogitava a possibilidade de retirar os detectores para evitar incidentes. Após consultar as forças de segurança e seu gabinete, ele decidiu manter o procedimento.

O gabinete de segurança "deu à polícia autoridade para tomar as decisões necessárias para permitir o livre acesso aos lugares santos, garantindo, ao mesmo tempo, a segurança e a ordem pública", declarou uma autoridade israelense. / AFP

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