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Palestinos liberam primeiras informações sobre soldado seqüestrado

Segundo o porta-voz de um grupo rebelde, Gilad Shalit está em local seguro e inacessível; civis judeus também estariam sob custódia de militantes palestinos

Por Agencia Estado
Atualização:

O porta-voz dos Comitês de Resistência Popular (CRP), grupo violento ligado ao Hamas, Mohammed Abdel Al, deu nesta terça-feira as primeiras notícias sobre o paradeiro de Gilad Shalit, o soldado israelense capturado por militantes palestinos no domingo. Segundo Abdel Al, Shalit está "em um local seguro". O militante declarou também que seu grupo capturou civis judeus na Cisjordânia. O Comitê foi um dos três grupos que participaram da ação na fronteira de Gaza, no domingo, que resultou na morte de dois soldados israelenses e na captura de Shalit. "O soldado está em um lugar seguro, onde os sionistas não podem chegar", disse Abdel Al. Uma rádio em Israel anunciou que um grupo de judeus pegou uma carona na noite da última segunda-feira e não retornou para casa. "Nós estamos procurando relatos de pessoas desaparecidas", disse o porta-voz da polícia Micky Rosenfeld. Abdel Al disse que a liberação de mais informações depende de Israel. "Os sionistas estão procurando qualquer informação. Nós os lembramos que nada é de graça", disse. Os seqüestradores não divulgaram nenhuma foto do soldado. Oficiais israelenses acreditam que ele esteja com feridas leves no estômago e que está escondido no sul de Gaza. O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, rejeitou o pedido dos militantes de libertação de todas as mulheres e jovens palestinos com menos de 18 anos detidos em prisões israelense. Segundo Olmert, uma "ampla" ofensiva militar está em andamento na fronteira com a Faixa de Gaza. Cerca de 3 mil soldados, apoiados por tanques e veículos armados, estão na fronteira de Gaza. Oficias disseram estar preparados e esperando a ordem de invasão. Negociações O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, está negociando com mediadores egípcios para controlar a crise. Oficiais egípcios disseram que pediram ao Hamas que solte o soldado e disponibilizaram 2,5 mil soldados na fronteira com Gaza para prevenir um refluxo de palestinos caso Israel invada a região. O governo egípcio também declarou um toque de recolher noturno para os residentes na região da fronteira. A secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, pediu a Israel que dê "uma chance à diplomacia" e evite usar a força para obter a libertação do soldado. Enquanto isso, os grupos rivais Hamas e Fatah concordaram com um plano que reconhece implicitamente Israel depois de semanas de negociações.

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