PUBLICIDADE

Papa defende casamento tradicional e critica uniões informais

Joseph Ratzinger criticou o reconhecimento das uniões de homossexuais e lamentou a queda nos índices de natalidade em diversas regiões do mundo

Por Agencia Estado
Atualização:

O Papa Bento XVI disse neste sábado que a estabilidade da família baseada no casamento está "em perigo". Com a declaração, criticou o reconhecimento das uniões informais e de homossexuais, e lamentou a queda nos índices de natalidade em diversas regiões do mundo. A mensagem foi pronunciada na recepção ao Conselho Pontifício para a Família, ao qual Bento XVI destacou o aumento "das separações e dos divórcios, que rompem a unidade familiar e criam vários problemas aos filhos, vítimas inocentes". "A estabilidade da família está hoje particularmente em perigo. Para salvaguardá-la, é necessário freqüentemente ir contra a corrente da cultura dominante", disse Joseph Ratzinger. "Soluções jurídicas vão se consolidando para as chamadas ´uniões de fato´, que, apesar de rejeitarem as obrigações do casamento, pretendem gozar de direitos equivalentes", disse. Lamentação O Papa lamentou que há inclusive quem "queira chegar a uma nova definição do casamento para legalizar uniões homossexuais, atribuindo também o direito à adoção de crianças". As declarações foram feitas dois dias após outra mensagem papal que causou protestos da esquerda e de grupos de homossexuais na Itália. Nela, Bento XVI criticou as uniões informais e pediu que se evite a "a confusão" com "outras uniões de amor frágil". Bento XVI também ressaltou na mensagem deste sábado que várias regiões do mundo enfrentam atualmente o que chamou de "inverno demográfico", cenário marcado pela queda da natalidade e o progressivo envelhecimento da população. "Parece que, às vezes, as famílias têm medo da vida, da paternidade e da maternidade. É necessário devolver-lhes a confiança, para que possam continuar cumprindo sua nobre missão de procriar no amor", afirmou. Limites na ciência O Pontífice também se referiu à questão dos limites da pesquisa científica e defendeu o "devido respeito ao embrião humano, que deveria nascer sempre de um ato de amor e ser tratado como pessoa". O papa afirmou ainda que os progressos da ciência "se transformam em ameaças quando o homem perde o sentido de seus limites e, na prática, pretende substituir Deus".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.