Papa diz que funcionário público tem direito de recusar licença para casamento gay

Falando a repórteres na volta para casa após uma viagem de 10 dias aos EUA e Cuba, Francisco também repetiu sua condenação a padres que abusaram sexualmente de crianças

PUBLICIDADE

Atualização:

O papa Francisco disse nesta segunda-feira, 28, que funcionários públicos têm o "direito humano" de se recusarem a realizar alguns trabalhos, como emitir licenças de casamento para homossexuais, caso isso viole sua consciência.

Falando a repórteres na volta para casa após uma viagem de 10 dias aos Estados Unidos e Cuba, Francisco também repetiu sua condenação a padres que abusaram sexualmente de crianças, dizendo que as vítimas foram "esmagadas pelo mal".

A escrivã Kim Davis foi libertada nesta terça-feira, dia 8 Foto: Timothy D. Easley | AP

PUBLICIDADE

Embora o pontífice argentino tenha comentado sobre temas que são motivo de debates políticos nos Estados Unidos durante sua visita, ele nunca se referiu especificamente aos controversos casamentos de pessoas do mesmo sexo, que a Igreja é firmemente contra.

No voo de volta a Roma, ele foi perguntado se apoiava indivíduos, como funcionário do governo, que se recusam a acatar algumas leis, como a emissão de licenças para casamentos gays. "A objeção de consciência deve estar em toda estrutura jurídica porque é um direito", disse Francisco.

Anteriormente neste mês, uma funcionária municipal do Estado americano de Kentucky, Kim Davis, foi presa após se recusar a emitir uma licença matrimonial para um casal gay, contrariando decisão da Suprema Corte dos EUA que legalizou casamentos do mesmo sexo.

Agredecimento. Em seu perfil oficial no Twitter, o papa Francisco agradeceu hoje aos americanos pelo carinho durante sua passagem pelos Estados Unidos. O pontífice ainda escreveu: "Que o amor de Cristo sempre guie o povo americano #DeusAbençoeaAmérica". /REUTERS 

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.