12 de maio de 2013 | 21h21
A cerimônia solene teve presença de milhares de peregrinos da América Latina, incluindo uma grande delegação da Colômbia, encabeçada pelo presidente Juan Manuel Santos. O papa pediu que a freira que trabalhava como professora e guia espiritual para os povos indígenas no século 20 seja fonte de inspiração para o processo de paz na Colômbia, após décadas de conflito entre rebeldes e o governo.
A mexicana conhecida como "mãe Lupita" dedicou sua vida aos cuidados de doentes e ajudou católicos perseguidos durante a década de 1920, período de repressão do governo à fé. Mãe Lupita escondeu o bispo de Guadalajara em uma clínica de olhos por mais de um ano após famílias católicas rejeitarem fazê-lo temendo a mão do governo. O papa Francisco rezou pedindo a intercessão da nova santa para a "erradicação no país da violência e da insegurança", em uma aparente menção aos anos de derramamento de sangue e outros crimes relacionados ao tráfico de drogas.
Foram canonizados os Mártires de Otranto, 813 italianos assassinados em 1480 pelos otomanos por terem se negado a se converterem ao Islã. A aprovação deles como santos foi decidida por seu antecessor, o papa Bento XVI, em decreto lido na cerimônia em que o pontífice anunciou sua renúncia, em fevereiro.
Logo após sua eleição, em março, o papa Francisco pediu a ampliação do diálogo com os muçulmanos e não se sabe como a beatificação vai ser recebida por eles. As informações são da Associated Press.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.