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Papa Francisco teme que armas nucleares caiam nas mãos de terroristas

Em simpósio, pontífice disse que ‘as tecnologias nucleares estão se expandindo’ e os ‘instrumentos legislativos internacionais não impedem que novos Estados se juntem' aos que já possuem esses armamentos

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Por Redação
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CIDADE DO VATICANO - O papa Francisco expressou nesta sexta-feira, 10, sua preocupação diante do risco de que armas nucleares, que estão se expandindo no mundo, caiam nas mãos de terroristas.

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Durante um simpósio sobre o desarmamento nuclear organizado pelo Vaticano, reunindo, entre outros, 11 ganhadores do prêmio Nobel da Paz e representantes da ONU e da Otan, o papa afirmou que "as tecnologias nucleares estão se expandindo, também por meio de canais virtuais, e os instrumentos legislativos internacionais não impedem que novos Estados se juntem aos que já possuem armas nucleares".

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"Os cenários resultantes são profundamente perturbadores, dado os desafios da geopolítica contemporânea, como o terrorismo ou a guerra assimétrica", disse o papa Francisco Foto: AFP PHOTO / FILIPPO MONTEFORTE

"Os cenários resultantes são profundamente perturbadores, dado os desafios da geopolítica contemporânea, como o terrorismo ou a guerra assimétrica", acrescentou ele.

O pontífice argentino também denunciou "a falsa sensação de segurança" decorrente das armas de destruição em massa, especialmente as nucleares. Para ele, a paz entre os povos deveria ser inspirada por "uma ética da solidariedade".

A escalada da corrida armamentista também representa "uma despesa considerável para as nações", em detrimento de outras prioridades como a luta contra a pobreza, lamentou.

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A mera posse de armas nucleares "deve ser firmemente condenada", insistiu Francisco, destacando "o risco de uma detonação acidental".

Muitos ganhadores do prêmio Nobel da Paz, como Mohamed El Baradei e Muhammad Yunus, devem falar durante o simpósio de dois dias, intitulado "Perspectivas para um mundo livre de armas nucleares e para o desenvolvimento integral".

De acordo com Silvano Tomasi, delegado do papa sobre questões de desarmamento nuclear, o simpósio foi organizado com foco na crise entre Coreia do Norte e EUA. / AFP

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