Papa volta a criticar união homossexual

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Por Agencia Estado
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Dando novo impulso à sua campanha contra a união homossexual, o papa João Paulo II lamentou hoje o que chamou de senso de "incompreensão" dos direitos civis, que estaria deturpando o verdadeiro significado de casamento e família. O assunto foi abordado pelo pontífice quando ele se referia ao Natal como um momento para se relembrar a "sagrada família" de Maria, José e Jesus. Na sua tradicional bênção de domingo, o papa pediu apoio a todos aqueles que acreditam na "importância da família baseada no matrimônio", dizendo tratar-se de um dom "humano e divino" que deve ser defendido pela sociedade. "Nos dias de hoje, uma incompreensão do que significa direitos civis tem deturpado a natureza da instituição familiar e do próprio laço matrimonial", disse João Paulo II. "É preciso que os esforços daqueles que acreditam na importanância da família baseada no casamento se unam em todos os níveis". Para o Vaticano, o casamento é uma união divina entre um homem e uma mulher. Em julho, foi lançada uma campanha global para reduzir a tendência internacional de reconhecer legalmente a união entre pessoas do mesmo sexo. Um documento da Congregação para Doutrina da Fé dizia que políticos católicos têm o "dever moral" de se opor às leis que reconheçam o casamento gay e que os não-católicos deveriam seguir seu exemplo, já que se trataria de uma questão de "lei moral natural". O papa é um ardente defensor do casamento, assim como da família como instituição. Ele se opõe veementemente ao aborto e ao uso de preservativos e outros métodos de contracepção. A oposição do Vaticano ao uso de camisinhas foi novamente condenada depois que o cardeal Alfonso Lopez Trujillo disse que elas não protegem contra a aids. A Organização Mundial de Saúde e outros grupos afirmaram que os comentários de Trujillo são "perigosos" e "totalmente equivocados". A Igreja sustenta que a abstinência é a melhor forma de prevenir a doença.

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