06 de março de 2012 | 03h01
Para Countryman, apesar das ameaças representadas por Irã e Coreia do Norte, o mundo está mais seguro. "Se você analisar a história, há menos pessoas hoje morrendo em virtude de guerras e violência do que em qualquer período do passado, apesar de permanecer a ameaça de terroristas ou Estados criarem armas. Se você quiser ser um otimista, precisa trabalhar e planejar como se fosse pessimista, preparar os piores cenários e fazer tudo para que eles não ocorram."
Countryman também discutiu com as autoridades brasileiras a adesão do País a protocolos adicionais do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), do qual o Brasil é signatário. A adesão é voluntária, mas potências atômicas têm pressionado países desarmados a aderir. O Brasil resiste, por temer que isso comprometa a confidencialidade das atividades brasileiras.
"Esse é um diálogo de longo prazo, já tivemos essa discussão outras vezes. Não é uma questão de pressão, e sim de diálogo entre dois parceiros que apresentam suas opiniões sempre de forma respeitosa", afirmou. "Também não é uma questão de prazos - não são muito produtivos em relações internacionais -, mas há algumas exceções." Sobre a Coreia do Norte, que anunciou na semana passada que suspenderia os testes e enriquecimento de urânio e até que inspetores estrangeiros monitorassem suas atividades, Countryman diz que se trata de um "começo que pode dar bons resultados".
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