
29 de outubro de 2009 | 17h33
O passaporte de Said Bahaji, um alemão de origem marroquina, estava entre documentos, armas e literatura extremista apreendidos pelas forças governamentais em uma operação na região do Waziristão do Sul e foram mostrados a um grupo de jornalistas durante uma visita oficial.
"O passaporte mostra que ele chegou a Karachi apenas alguns dias antes do 11/9", informou a DawnNews, mostrando um passaporte que aparentemente pertencia a Bahaji.
O porta-voz militar, major general Athar Abbas, que acompanhou os repórteres durante a viagem ao Waziristão do Sul, não fez comentários sobre o assunto. "Não vi o passaporte. Esses repórteres podem tê-lo visto", disse ele.
O nome de Bahaji apareceu no Relatório da comissão dos Estados Unidos que investigou o 11/9.
O relatório dizia que Bahaji passou oito meses com os sequestradores Mohamed Atta e Ramzi Binalshibh entre novembro de 1998 e julho de 1999.
"Descrito como um seguidor inseguro, sem personalidade e limitado conhecimento do Islã, apesar disso Bahaji demonstrava prontidão para se engajar em ações violentas," dizia o texto.
Atta e Binalshibh usavam o computador de Bahaji para pesquisas na Internet, como mostraram documentos e disquetes apreendidos pelas autoridades alemãs depois do 11/9, afirmou a comissão. Binalshibh foi preso no Paquistão com a ajuda do FBI e da CIA, em 2002.
Educado no Marrocos, Bahaji retornou à Alemanha para estudar engenharia elétrica na Universidade Técnica de Hamburgo-Harburgo. Ele passou cinco meses no Exército alemão antes de obter dispensa médica, revelou a comissão.
(Reportagem de Zeeshan Haider)
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