
03 de dezembro de 2009 | 11h30
O primeiro-ministro do Paquistão, Yusuf Raza Gilani, disse nesta quinta-feira, 3, que não acredita que o líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, esteja escondido em seu país e pediu mais clareza aos EUA sobre os planos de aumentar as tropas que lutam no Afeganistão.
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"Eu duvido das informações que vocês nos dão esteja correta, porque acredito que Bin Laden não esteja no Paquistão", afirmou o líder paquistanês. Gilani deu as declarações em uma coletiva de imprensa em Londres junto com o premiê britânico, Gordon Brown, que na semana passada pediu mais esforços ao Paquistão para desmantelar a Al-Qaeda e encontrar o terrorista.
Gilani disse também, que quer "mais clareza" sobre a nova estratégia do presidente americano, Barack Obama, para o Afeganistão, anunciada na noite da terça-feira. A estratégia inclui o envio de mais 30 mil soldados e planos para o início da retirada das tropas do vizinho do Paquistão.
"Sobre a nova política, agora estamos avaliando cuidadosamente", disse Gillani, acrescentando que "estamos vendo como vamos implementá-la e precisamos também de mais clareza", declarou Gilani. Segundo o premiê, Obama conversou com o presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, mas ainda sim o governo quer mais detalhes sobre a estratégia americana.
Apoio
Na coletiva com Gilani, Brown prometeu ao Paquistão oferecer mais apoio no combate
ao terrorismo e reconheceu os "enormes sacrifícios" feitos pelo país para lutar contra o radicalismo.
O primeiro-ministro britânico ressaltou que a ajuda de seu país irá para a reconstrução, educação e volta das pessoas deslocadas devido aos confrontos nas zonas fronteiriças entre Paquistão e Afeganistão. Segundo ele, serão oferecidos 50 milhões de libras (54,5 milhões de euros) para conseguir a "estabilização a longo prazo" da região fronteiriça.
Brown também destacou a "coragem" do Exército paquistanês que luta contra os insurgentes. "Cumprimento a imensa coragem do Exército paquistanês, 30 mil (soldados) que lutam contra os insurgentes no Waziristão do Sul, este é um compromisso sério da população do Paquistão com o apoio de todos os partidos", disse Brown. "Esta é sua luta, mas é também a luta do Reino Unido", disse o chefe do governo britânico.
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