Paquistão: celular ativaria lança-foguetes voltados ao Parlamento

O Exército deteve cerca de 80 funcionários que trabalhavam na construção do edifício onde foram encontrados os lança-foguetes

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os dois lança-foguetes que foram encontrados nesta quinta-feira em um edifício em construção em Islamabad apontavam para o parlamento e seriam acionados através de celulares, informaram fontes da inteligência paquistanesa. Os edifícios da zona em construção ficam na Avenida da Constituição, muito próxima ao parlamento paquistanês. Segundo as mesmas fontes, os lança-foguetes foram colocados na quarta-feira à noite e encontrados nesta quinta-feira por um trabalhador, e depois foram desativados. O Exército estava com um grande contingente na zona, já que no parque de Ayub havia explodido uma bomba - que causou pânico, mas não deixou vítimas - na mesma noite em que os lança-foguetes foram Colocados. Poucas horas antes da explosão da bomba da quarta-feira, o presidente paquistanês, general Pervez Musharraf, tinha feito mudanças na cúpula militar do país, mas em nenhum momento seu governo relacionou a descoberta com uma tentativa de atentado. O Exército deteve nesta quinta-feira cerca de 80 funcionários que trabalhavam na construção do edifício onde foram encontrados os lança-foguetes, e os levou para uma delegacia próxima, a fim de no interrogatório determinar se tiveram relação com a colocação dos foguetes ou com a execução de uma possível tentativa de atentado. Minutos depois da explosão de quarta-feira no parque de Ayub, um grande contingente do Exército, comandos da Polícia de elite e agentes de inteligência chegaram ao local e bloquearam as três entradas, para impedir que alguém entrasse ou saísse da zona. Para conter os rumores de que era outra tentativa fracassada de atentado contra Musharraf, o porta-voz militar, Shaukat Sultan, afirmou imediatamente que essa explosão "não tem relação com o presidente ou a Casa do Exército". O parque fica a 2 quilômetros da residência oficial de Musharraf. Durante os sete anos em que está no poder, o presidente do Paquistão foi alvo de três tentativas de atentado, dois deles quase consecutivos em dezembro de 2003.

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