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Paquistão e Índia expulsam diplomatas

O Paquistão e a Índia têm um histórico de relações hostis e a expulsão dos diplomatas provavelmente vai aumentar a tensão entre os dois países

Por Agencia Estado
Atualização:

O Paquistão expulsou neste sábado um diplomata indiano por suposta "atividade indesejável", segundo informações do governo paquistanês e um representante do governo indiano. Horas depois, foi a vez da Índia expulsar um diplomata do Paquistão. Segundo a fonte do governo paquistanês, Deepak Kaul, um conselheiro da Alta Comissão da Índia, na capital do Paquistão, Islamabad, foi pego por agentes paquistaneses "em flagrante com documentos sensíveis". Kaul foi detido quando estava a caminho da cidade de Lahore, no leste do Paquistão. "Foi solicitado a Deepark Kaul deixar o Paquistão na próxima semana", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Paquistão Tasnim Aslam. T.C.A. Raghawan, vice-comissário da Alta Comissão da Índia, confirmou que o ministro de Relações Exteriores do Paquistão ordenou Kaul a deixar o país, mas insistiu que o diplomata não realizou qualquer atividade fora da lei. "Rejeitamos aquelas alegações. Seu carro (de Kaul) foi interceptado não muito distante de Islamabad. Ele ficou algemado por cinco horas", disse Raghawan. A agência de notícias Press Trust of India identificou o diplomata do Paquistão expulso pelo governo indiano como Syed Mohd Rafiq Ahmed. Não há detalhes, pois o governo indiano ainda não fez comentário oficial sobre a expulsão de seu diplomata em Islamabad e nem sobre sua resposta a ação do governo do Paquistão. Relação conflituosa O Paquistão e a Índia têm um histórico de relações hostis e a expulsão dos diplomatas provavelmente vai aumentar a tensão entre os dois países, ambos detentores de armas nucleares, que já travaram três guerras desde a independência do Reino Unido em 1947. No mês passado, Nova Délhi adiou as negociações de paz com o Paquistão agendadas para entre 20 e 22 de julho, depois dos atentados a bomba que atingiram o sistema de transporte ferroviário de Mumbai (ex-Bombaim). O governo indiano afirma que os terroristas tiveram suporte do vizinho islâmico. O Paquistão rejeitou a alegação e disse que estava pronto para cooperar com a Índia para investigar o atentado.

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