
24 de setembro de 2008 | 11h22
O Exército do Paquistão afirmou nesta quarta-feira, 24, ter encontrado os destroços de um suposto avião-espião dos Estados Unidos, perto da fronteira com o Afeganistão. Porém os militares paquistaneses negaram que a aeronave tenha sido abatida a tiros, o que poderia aumentar as tensões entre os aliados. Os laços entre Washington e Islamabad estão estremecidos, após uma série de ataques com mísseis efetuados por aeronaves norte-americanas contra alvos do Taleban e da Al-Qaeda em território paquistanês. O Paquistão argumenta que a invasão territorial somente fará os extremistas ganharem apoio entre a população local. Em outros sinais de que os problemas com os militantes aumentam, um suicida matou uma menina de 11 anos e feriu 11 soldados na cidade fronteiriça de Quetta, enquanto soldados mataram 20 militantes em outro ponto da região. Três agentes da inteligência paquistanesa afirmaram que soldados e membros de tribos haviam abatido o avião dos Estados Unidos na terça-feira, na região do Waziristão do Sul. Eles falaram sob condição de anonimato. Porém um comunicado do Exército paquistanês informou nesta quarta-feira que os destroços foram recolhidos e o que houve foi aparentemente um problema técnico. A coalizão liderada pelos Estados Unidos no Afeganistão informou que uma aeronave havia caído no território afegão, perto da fronteira. Porém esse avião já teria sido recolhido, e nenhum outro estava desaparecido. A CIA também opera aviões-espiões na área. Os líderes paquistaneses condenam as operações das tropas dos EUA no território do país. O governo diz que tenta resolver a questão diplomaticamente. Nesta terça-feira, o presidente George W. Bush se encontrou seu colega paquistanês, Asif Ali Zardari. Bush enfatizou após o encontro a soberania paquistanesa e disse que os EUA "querem ajudar". O Paquistão insiste que faz o possível para contar os extremistas.
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