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Paquistão mantém condenação de acusados de blasfêmia

Por Agencia Estado
Atualização:

Um tribunal do leste do Paquistão sustentou as sentenças de prisão perpétua emitidas contra dois cristãos acusados de queimar o Corão, livro sagrado do Islã, informou um ativista de direitos humanos. Os réus, condenados por blasfêmia na cidade de Lahore, alegaram inocência. Eles acusaram a polícia de forjar as evidências depois da recusa dos réus em pagar suborno, disse Shahbaz Bhatti, presidente da Aliança de Todas as Minorias do Paquistão. Amjad e Asif Masih - os réus - pretendem apelar perante a Suprema Corte do Paquistão, disse Bhatti. A Suprema Corte é o último recurso disponível no sistema judiciário paquistanês. "Não há nenhuma evidência de que o Corão tenha sido queimado", diz Bhatti. "A polícia os implicou falsamente porque eles se recusaram a pagar propina." A polícia acusa os dois de terem queimado o Corão quando estavam na cadeia em Jhang, 240 quilômetros a noroeste de Lahore. Asif Masih, de 45 anos, foi preso por porte de drogas e Amjad Masih, de 40, estava detido por uma condenação por assédio sexual, prosseguiu Bhatti. Ambos foram sentenciados por blasfêmia pela primeira vez em outubro de 2002. Pela lei paquistanesa de blasfêmia, aquele que vandaliza o Corão, ofende o Islã ou insulta o profeta Maomé pode ser punido com a morte. Existem centenas de pessoas condenadas no país por acusações de blasfêmia.

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