Paquistão oferece ajuda à Índia para investigar atentados

"Quem quer que tenha feito isto não pode ser perdoado", afirma presidente paquistanês. Grupos terroristas paquistaneses são suspeitos dos ataques

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Paquistão, general Pervez Musharraf, ofereceu ajuda para investigar os atentados da cidade indiana de Mumbai, que provocaram a morte de 200 pessoas. "Disse ao primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, que o Governo do Paquistão e eu mesmo estamos com ele em qualquer investigação que queira levar adiante", disse Musharraf, em entrevista transmitida na noite de quinta-feira por uma rede de televisão paquistanesa. O presidente afirmou que "quem quer que tenha feito isto não pode ser perdoado", e voltou a condenar os atentados. Musharraf foi um dos primeiros líderes da comunidade internacional a condenar os ataques contra sete trens suburbanos da cidade de Mumbai, na terça-feira. No entanto, grupos terroristas islâmicos paquistaneses estão sendo apontados na Índia como principais suspeitos. A agência "PTI" citou nesta sexta-feira um alto funcionário do Governo indiano que não quis ser identificado e afirmou que "a mão paquistanesa é óbvia", pois "não há nenhuma dúvida de que o grupo Lashkar-e-Toiba (LeT), que conta com o apoio dos serviços de inteligência paquistaneses, está envolvido". A Polícia do estado de Maharashtra deteve na quinta-feira centenas de pessoas. Muitas são supostos membros do ilegal Movimento Islâmico de Estudantes da Índia (Simi), suspeito de ter oferecido apoio logístico ao Let. A brigada antiterrorista intensificou a busca de Zaibuddin Ansari, um dos dirigentes do LeT na Índia, desaparecido desde maio. Aparentemente, Anasri teve vários encontros com dirigentes do Simi nos últimos meses.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.