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Paquistão quer acordo nuclear com Índia, mesmo com ataque

Objetivo do atentado ao trem era protestar pelo acordo de paz entre os dois países

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro das Relações Exteriores do Paquistão, Khursheed Kasuri, pretende assinar um acordo de segurança nuclear durante uma visita à Índia iniciada nesta terça-feira, 20, na esperança de levar adiante as negociações de paz apesar de um atentado contra um trem que conecta os dois países ter provocado a morte de 68 pessoas. Também nesta terça-feira, a polícia indiana divulgou os retratos falados de dois suspeitos de participação no ataque ocorrido por volta da meia-noite de domingo para segunda-feira. A maior parte das vítimas era de origem paquistanesa. A visita de Kasuri a Nova Délhi fora agendada antes do ataque. Depois da carnificina, cujo aparente objetivo era tirar dos trilhos o processo de paz entre Índia e Paquistão, líderes dos dois países prometeram não permitir que o ataque prejudique o lento processo de construção de confiança entre os dois países. Protestos Islamabad espera que a visita de Kasuri gere progressos em diversas áreas, disse a porta-voz Tasnim Aslam. Um acordo sobre a redução do risco nuclear na região "deve ser assinado durante a visita" depois de meses de negociações, prosseguiu a porta-voz da chancelaria paquistanesa. "Existe uma série de acordos que vêm sendo negociados ao longo dos últimos cinco ou seis meses e os textos estão finalizados", concluiu a porta-voz, reforçando a expectativa de avanços. Enquanto isso, a polícia indiana divulgou nesta terça-feira os retratos falados de dois suspeitos de terem plantado as bombas que causaram um incêndio em um trem que ia da Índia para o Paquistão. Os dois suspeitos, cujas identidades não são conhecidas, embarcaram no trem quando a composição deixou Nova Délhi, no domingo, mas logo começaram a discutir com o condutor, afirmando que haviam tomado o trem errado. Eles tiveram permissão para saltar do vagão quando o comboio reduziu a velocidade, cerca de 20 minutos antes das explosões, disse um policial.

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