
13 de outubro de 2009 | 09h13
Jatos do Paquistão bombardearam nesta terça-feira, 13, a região do Waziristão do Sul, próxima à fronteira afegã, destruindo aproximadamente 15 casas. Ainda não há informações sobre vítimas, segundo uma fonte militar.
A região montanhosa tem sido alvo nos últimos meses de ataques aéreos e diversas medidas para cortar suas linhas de comunicação, com o objetivo de preparar a área para uma ofensiva terrestre do Exército paquistanês considerada difícil e sangrenta. Um porta-voz militar se recusou na segunda-feira, 12, a dizer quando a operação será iniciada, mas há expectativa de que ela seja iminente.
O Waziristão do Sul é conhecido como reduto da Al-Qaeda e do Taleban e especula-se que serviria de abrigo para Osama bin Laden. O Paquistão afirma que 80% dos atentados realizados no país e muitos cometidos no vizinho Afeganistão são planejados por militantes baseados nessa região.
O Taleban reagiu ao anúncio da ofensiva com quatro grandes atentados terroristas no país nos últimos nove dias, que deixaram pelo menos 122 mortos. A série começou no dia 5, quando um homem-bomba detonou os explosivos que carregava junto ao corpo no escritório do Programa Mundial de Alimentos da ONU, em Islamabad, matando cinco funcionários.
Na sexta-feira, 9, um suicida detonou um carro-bomba no meio de um mercado lotado em Peshawar, deixando 53 mortos e mais de 100 feridos, no ataque mais mortífero em quase seis meses.
Na segunda-feira, 12, outro suicida detonou um carro-bomba ao lado de soldados do Exército do Paquistão, deixando 41 mortos e 45 feridos. O ataque ocorreu no Vale do Swat, onde uma ampla ofensiva militar em agosto teria varrido o grupo terrorista do local.
O Taleban também assumiu a responsabilidade pela invasão de uma base militar em Rawalpindi, na Província de Punjab, no sábado, 10. O ataque durou 22 horas e deixou um saldo de 23 mortos.
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