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Paquistão rechaça acusações indianas sobre atentados

Governo paquistanês exige provas de seu envolvimento nos atentados que mataram mais de 200 em Mumbai

Por Agencia Estado
Atualização:

O governo paquistanês rechaçou neste sábado as acusações da Índia de que a agência de espionagem paquistanesa planejou os atentados de 11 de julho em trens em Mumbai, que mataram mais de 200 pessoas. "Rechaçamos este anúncio e exigimos que a Índia nos dê provas disso (da participação do Paquistão nos atentados), se é que eles as têm", disse Tariq Azim, ministro das informações paquistanês à Associated Press. A reação do Paquistão se dá após o comissário de polícia de Mumbai, A.N. Roy, dizer que os ataques foram obra da agência de espionagem paquistanesa e foram realizados por um grupo militante islâmico, o Lashkar-e-Tayyaba, apoiado pelo Movimento de Estudantes Islâmicos da Índia. Roy falou com a imprensa após a conclusão das investigações sobre os ataques, que destruíram vários vagões de trens urbanos no principal centro financeiro e de diversão da Índia, Mumbai. Azin, porém, negou a participação de agentes dos serviços de inteligência paquistanesa. Paquistão e Índia vêm mantendo relações tumultuadas desde sua independência da Grã Bretanha, e Azim disse que esta não é a primeira vez que o governo de Nova Deli culpa o Paquistão por ataques na Índia. "Cada vez que algo ruim acontece na Índia começam a nos culpar", disse. "Tais comentários somente beneficiam os verdadeiros culpados, aqueles que escaparam da prisão." A acusação foi feita apenas uma semana após o presidente paquistanês, o general Pervez Musharraf, e o primeiro-ministro indiano Manmohan Singh concordarem em dar prosseguimento ao processo de paz, que fora suspenso logo após os atentados.

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