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Para aliviar hospitais na capital, França transfere de trem pacientes críticos para o interior

País registrou pior número diário de mortes na segunda-feira, 31; quase não há leitos vagos em unidades de terapia intensiva

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Por Redação
Atualização:

PARIS - Trinta e oito pacientes com coronavírus gravemente enfermos foram transferidos de trem de alta velocidade da região de Paris para regiões menos afetadas na quarta-feira, 1, para aliviar a pressão sobre a capacidade de tratamento intensivo da capital, disseram autoridades de saúde francesas.

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A França registrou seu pior número diário de mortes por coronavírus na segunda-feira, elevando o número para mais de 3 mil pela primeira vez, com o país lutando para liberar espaço em UTIs.

A situação agora é crítica em Paris, onde o número de leitos em unidades de terapia intensiva está praticamente no mesmo nível do número de pacientes. "Estamos perto de saber se poderemos permanecer no estágio de saturação, para que as transferências regionais sejam uma válvula de segurança importante, mesmo que envolvam um pequeno número de pacientes", disse Bruno Riou, chefe da equipe de crise dos hospitais de Paris, a repórteres em uma teleconferência na terça-feira.

Equipe médica instala pacientes infectados por coronavírus em trem de alta velocidade em Paris, na França Foto: Thomas Samson/EFE/EPA

A França já está transferindo pacientes do leste do país, onde o surto de vírus sobrecarregou hospitais, para outras áreas e países vizinhos. O exército foi convocado para ajudar, enquanto 36 pacientes foram transferidos para o oeste da França em trens TGV equipados com medicamentos no último domingo, 29.

O canal France 3 TV informou que os pacientes de Paris seriam transferidos para a Bretanha, no noroeste do país. "Tivemos 200 pacientes em terapia intensiva em meados de março, 1.000 em 24 de março e, atualmente, cerca de 1.900. Isso mostra um aumento colossal em um espaço de tempo muito curto, o que dificulta as coisas", disse Antoine Vieillard-Baron, chefe da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) cirúrgica e médica do Hospital Universitário Ambroise Pare. / REUTERS

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