Para o analista Eugênio Tironi, a nova situação política criada com o resultado de domingo favorece Alejandro Guillier. Ele diz que a partir de agora há um novo processo político em andamento e a esquerda está mais animada com a possibilidade de uma vitória contra Piñera. Para ele, Beatriz Sánchez não deve transferir o total de votos automaticamente para o candidato da Força da Maioria, mas grande parte dos eleitores dela tende a votar contra o candidato da direita.
“Temos de lembrar que há também os 5% de votos de Marco Enrique-Ominami, do PRO”, argumentou. Tironi acredita que, no segundo turno, a abstenção vai crescer. Se nesta votação apenas 46,2% dos chilenos foram votar, o segundo turno deve registrar comparecimento ainda menor.
Para ele, a eleição mostrou que mais importante do que as questões econômicas do Chile, o eleitor está preocupado com uma mudança de comportamento político. “As pessoas foram votar mais por mudanças nos dirigentes e menos pela economia, e foi isso que nos surpreendeu”, afirmou Tironi. “Os chilenos querem caras novas na política.”