A Organização Mundial da Saúde (OMS) firmou na manhã desta sexta-feira, 1º, uma parceria com o Banco Europeu de Investimento (BEI) para ajudar financeiramente 10 países da África durante a pandemia do coronavírus. De acordo com o órgão, essa primeira fase será voltada para “necessidades urgentes” e insumos de saúde, garantindo a entrega de itens essenciais como Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), testes e gestão clínica.
Em nota, a OMS afirma que a colaboração com o BEI visa ainda acelerar investimentos em atenção primária à saúde, por meio da contratação de funcionários, infraestrutura, água e higienização, além de combater a “ameaça crescente da resistência antimicrobiana”.
"Combinar a experiência da OMS em saúde pública e a perícia do BEI em finanças irá contribuir para uma resposta mais efetiva à Covid-19 e outros desafios urgentes de saúde", afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, alertando também para o potencial de a iniciativa ser utilizada no combate a outras doenças.
De acordo com comunicado emitido por Werner Hoyer, presidente do BEI, a parceria vai ajudar comunidades em risco ao potencializar os sistemas médicos locais. “O mundo está enfrentando choques econômicos, sanitários e sociais sem precedentes com a covid-19. Essa nova cooperação vai permitir o combate à malária, a resistência antimicrobial e aumentar o acesso à saúde pública na África de forma mais efetiva.”
Os investimentos serão retirados do fundo de € 1,4 bilhão (cerca de R$ 8,4 bilhões) do EBI e deverão continuar mesmo com a falência do mercado global. Até o momento, os órgãos ainda não anunciaram para quais países da África esse orçamento será direcionado.