Para ELN, condição de Santos de acabar com sequestros impede o processo de paz

Exército de Libertação Nacional disse em sua conta no Twitter que declaração do presidente da Colômbia é ‘uma imposição’ 

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Por Redação
Atualização:

BOGOTÁ - A condição do presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, de que a guerrilha Exército de Libertação Nacional (ELN) coloque um fim à prática de sequestros para que as negociações sejam formalmente iniciadas impede a paz, disse no domingo a organização rebelde.

"A condição que o presidente Santos impôs ao processo de diálogo se transformou em um impedimento para a paz", disse o grupo guerrilheiro em sua conta no Twitter.

Juan Manuel Santos, presidente da Colômbia Foto: EFE/EFRAÍN HERERA

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No comunicado, o ELN assegurou que a declaração do presidente é "uma imposição, por enquanto é só uma parte que deve cumpri-la, à margem do acordo da agenda".

"Planejar hoje modificações substanciais, como a exigência do presidente, é trancar o processo de paz", reiterou o grupo rebelde, que classificou o pronunciamento de Santos como uma "ofensiva midiática que está desgastando a confiança" do ELN.

Ainda no domingo, quatro membros da guerrilha foram mortos na Colômbia em uma operação das forças de segurança na cidade de Alto Baudó. Um dos mortos, conhecido como "Franklin", é apontado como o responsável pela gestão financeira e armada de uma frente do ELN.

O grupo instaurou ao final de março uma mesa de negociação com o governo para acabar com o conflito armado, mas o presidente Santos declarou em sua conta no Twitter que as forças militares do país "não baixaram a guarda" em relação ao grupo. Ele disse que "Franklin" tinha mais de 25 anos na guerrilha e era o maior traficante da região de Chocó.

Tropas do Exército, a Força Aérea e a polícia nacional abateram o líder e outros três membros da organização. A morte dele tem potencial para afetar a entrada de recursos financeiros para o ELN como produto do narcotráfico, já que "Franklin" operava o sistema de saída de drogas pelo oceano Pacífico rumo a cartéis da América Central. /AFP e Associated Press

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