Para embaixador em Moscou escolhido por Trump, Rússia interferiu em eleição americana

Huntsman disse ao Senado que levantará a questão com o Kremlin

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WASHINGTON- O ex-governador do Estado de Utah Jon Huntsman, escolhido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para ser embaixador na Rússia, disse nesta terça-feira que “não há dúvida” que Moscou se intrometeu nas eleições americanas de 2016, e prometeu levantar a questão com o governo russo.

“Não há nenhuma dúvida, enfatizo, nenhuma dúvida de que o governo russo interferiu na eleição dos EUA no ano passado”, disse Huntsman, que já foi embaixador na China, em sua audiência de confirmação no Senado dos EUA.

Jon Huntsman, nomeado embaixador na Rússia,fala ao Comitê de Relações Exteriores do Senado Foto: REUTERS/Aaron P. Bernstein

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“Moscou continua a se intrometer nos processos democráticos de nossos amigos e aliados”, disse ele, adotando um tom duro que foi bem recebido por vários membros do Comitê de Relações Exteriores do Senado.

Muitos parlamentares americanos, incluindo vários do Partido Republicano, o mesmo de Trump, estão preocupados que o presidente não adotará uma linha suficientemente dura nas conversas com a Rússia para combater o expansionismo russo no Leste Europeu e o apoio de Moscou ao governo da Síria na guerra civil do país.

Apesar das objeções de Trump, parlamentares aprovaram no final de julho um pacote duro de sanções à Rússia, que incluíram impedir que o presidente as amenizasse sem aprovação parlamentar.

Huntsman disse acreditar que qualquer ação sobre sanções devem estar vinculadas a se a Rússia acabará com suas agressões contra a Ucrânia.

A Rússia nega ter interferido na eleição dos EUA, mas a conclusão de agências de inteligência americanas de que os russos se intrometeram no processo para aumentar as chances de Trump ser eleito tem ofuscado o governo dele. / REUTERS

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