Para EUA, retirada das cidades não foi prematura

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Por Patrícia Campos Mello
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A Casa Branca negou ontem que os ataques em Bagdá sejam um sinal de que a retirada das tropas americanas do Iraque foi prematura. "A velocidade da retirada foi determinada pelos iraquianos, como parte dos acordos que foram fechados", disse ontem o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs. Ele afirmou que o atentado foi "chocante", mas "o número de ataques está em um dos níveis mais baixos da História". Gibbs também negou que as forças iraquianas não estejam preparadas para enfrentar esses ataques. As forças americanas saíram das cidades iraquianas em 30 de junho e o Exército do Iraque passou a ser o responsável pela segurança. Desde então, a violência vem aumentando. O Departamento de Defesa americano descreveu os atentados como "trágicos", mas afirmou que eles não afetarão os planos dos Estados Unidos de retirar todas as tropas do Iraque até o final de 2011. O presidente americano, Barack Obama, prometeu retirar todas as forças de combate até o meio de 2010, deixando no Iraque apenas 50 mil homens para treinar as forças iraquianas. SEM INFLUÊNCIA "Nós certamente transmitimos nosso pesar a aqueles que perderam seus parentes nos ataques, mas os atentados não terão nenhuma influência em nossos planos de retirada", disse o coronel Patrick Ryder, porta-voz do Pentágono, à agência de notícias France Presse. "Essas são tentativas de grupos de insurgentes de explorar tensões sectárias", disse Ryder. "Mas até agora, não vimos uma volta à violência que reinava em 2006 e 2007." O porta-voz do Pentágono afirmou que, apesar dos desafios, os Estados Unidos mantêm a confiança nas forças iraquianas. Ainda há 131 mil soldados americanos no território iraquiano. Na segunda-feira, o general Ray Odierno, principal comandante dos Estados Unidos no Iraque, afirmou que gostaria de enviar soldados americanos para o norte do país, para lutar ao lado de forças iraquianas e curdas. O norte tem sido alvo dos piores ataques nos últimos dias.

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