23 de março de 2011 | 18h42
WASHINGTON - A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, disse nesta quarta-feira, 23, que o líder líbio, Muamar Kadafi, pode encerrar a crise em seu país imediatamente se deixar o poder. A diplomata americana ainda voltou a pedir que o governo da Líbia respeite o cessar-fogo decretado no início da semana.
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Hillary afirmou que o governo dos EUA quer que os líderes líbios "tomem a decisão certa" ao instituir a trégua, ao retirar suas forças das cidades e ao se preparar para uma transição que não inclua o ditador Kadafi no poder. Segundo ela, o coronel e seus aliados precisam "fazer escolhas".
A intervenção internacional contra as forças de Kadafi começou no último sábado. A coalizão - formada por EUA, França, Reino Unido, Itália, Canadá, Qatar, Noruega, Bélgica, Dinamarca, Romênia, Holanda e Espanha - deu início às ações sob mandado da resolução 1973 do Conselho de Segurança das Nações Unidas. A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) deve assumir o controle das operações em breve.
A resolução da ONU prevê a criação de uma zona de exclusão aérea na Líbia e a tomada de "quaisquer medidas necessárias" para impedir o massacre de civis pelas tropas de Kadafi, que está no poder há 41 anos e enfrenta um revolta há mais de um mês. Desde o início da ação internacional, os insurgentes ganharam força. Eles querem derrubar o ditador.
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