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Para iraquianos, 43 soldados da coalizão já morreram

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Informação do Iraque, Mohammed Saedd al-Sahaf, fez hoje, em Bagdá, durante uma entrevista coletiva, um balanço das baixas que as forças iraquianas já teriam infligido a Estados Unidos e Inglaterra, em homens e equipamentos. Segundo o ministro, "nas últimas 36 horas, as forças iraquianas mataram 43 soldados norte-americanos e britânicos e lutarão dia e noite para rechaçar os invasores". À morte dos soldados, Al-Sahaf acrescentou a destruição de quatro helicópteros Apache, dois aviões não tripulados e 28 veículos blindados e tanques. "Em breve, Estados Unidos e Inglaterra serão obrigados a confirmar esses números", disse Al-Sahaf, que se recusou a fornecer dados sobre as vítimas civis iraquianas dos últimos bombardeios - que até sábado passavam de 560 - ou sobre as baixas militares. "Nossos mortos são mártires que defenderam a Pátria. O que temos de divulgar são as baixas dos mercenários que viajaram milhares de quilômetros para invadir nosso país," afirmou Al-Sahaf. "Agora os mataremos nos campos de batalha e quando descobrirem que não poderão transformar em realidade seus negros sonhos, começarão a ruir, e aí também começará a verdadeira diplomacia." O ministro também previu que "a oposição popular em todos os países do mundo contra a agressão se fortalecerá pouco a pouco e se converterá em expulsão oficial, e não apenas militar". Segundo Al-Sahaf, as baixas das forças inimigas têm ocorrido em todas as frentes de batalha. "Um pequeno grupo de nossas Forças Armadas, ao lado dos militantes do Partido Baath e dos fedayin decidiram não dar trégua à luta contra os mercenários do Imperialismo." O ministro também assegurou que as forças iraquianas conseguiram deter o avanço das tropas da coalizão rumo a Bagdá. "As tropas invasoras se movem como uma serpente que espera envolver as cidades. Mas agora a serpente está no deserto." Sahaf rejeitou o argumento de que ataques suicidas - como a explosão de um carro-bomba que matou quatro soldados americanos no sábado - poderiam levar ao aumento do número de civis mortos pelas forças da coalizão. "Qualquer forma de resistência é legítima, como a resistência francesa contra os nazistas. Mas quando exércitos matam civis já é um caso de assassinato racista", disse o ministro. "Americanos e ingleses são invasores e devem ser mortos. É o que estamos fazendo e o que continuaremos a fazer." O Comando Central americano é um pouco mais pródigo em informações. Segundo divulgou, hoje, no domingo as forças americanas mataram cerca de 100 iraquianos e capturaram uns 50 em combates entre Najaf e Samawa. Já os ingleses afirmam ter feito 300 prisioneiras na área de Basra. Segundo informações de militares americanos, 46 soldados dos EUA haviam sido mortos desde o início da guerra, em 20 de março, e outros 17 estavam desaparecidos. Entre os ingleses, as baixas chegavam a 25 soldados, a maioria morta em incidentes de "fogo amigo". Segundo o ministro, os combates eram intensos na cidade de Nasiriya, no sul do Iraque, onde as tropas americanas e inglesas estavam expostas a constantes ataques das forças iraquianas. Após o bombardeio de Nasiriya, marines fizeram uma busca na região sul da periferia da cidade, quarteirão por quarteirão, para eliminar qualquer foco de resistência e, assim, dar segurança às linhas de suprimentos, que já foram vítima de emboscadas. Os marines abriram caminho através das pontes de Nasiriya na terça-feira, mas não conseguiram tirar a cidade, de cerca de 560 mil habitantes, do controle de forças paramilitares. Veja o especial :

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