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Para Khamenei, Irã frustrou tentativa estrangeira de usar protestos para derrubar o regime

Aiatolá disse em sua conta no Twitter que Donald Trump quis chamar atenção quando publicou uma mensagem na rede social a favor dos manifestantes; o líder também ressaltou que os que tentaram derrubar a República Islâmica ‘fracassaram e irão fracassar no futuro também’

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Por Redação
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BEIRUTE - O Irã frustrou tentativas de inimigos estrangeiros de tornar os protestos legítimos em uma insurgência para derrubar a República Islâmica, disse nesta terça-feira, 9, o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei.

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Os comentários de Khamenei em sua conta no Twitter e na mídia iraniana destacaram a confiança do establishment iraniano de que extinguiu os protestos que se espalharam por mais de 80 cidades e deixaram mais de 20 mortos nas últimas semanas.

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Ali Khamenei qualificou os protestos no Irã de “brincadeira com fogo” Foto: AFP PHOTO / HO / IRANIAN SUPREME LEADER'S WEBSITE

“Mais uma vez, a nação diz aos EUA, ao Reino Unido e àqueles que buscam derrubar a República Islâmica do Irã no exterior que ‘vocês fracassaram e irão fracassar no futuro também’”, disse o aiatolá na rede social.

A Guarda Revolucionária, força militar leal a Khamenei, informou no domingo que as forças da segurança colocaram um fim às agitações, as quais, informou ele, teriam sido estimuladas por inimigos estrangeiros.

Ao menos mil pessoas foram presas nos maiores protestos contra o governo em quase uma década, e o Judiciário afirmou que os líderes das manifestações poderiam enfrentar pena de morte.

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Khamenei disse que o presidente americano, Donald Trump, quis chamar atenção quando tuitou a favor dos manifestantes, ao afirmar que eles estavam tentando “retomar seu governo corrupto” e ao prometer “grande apoio dos EUA no momento certo”.

“Este homem que senta na liderança da Casa Branca - embora pareça ser muito instável - precisa perceber que estes episódios extremos e psicóticos não serão deixados sem uma resposta”, disse o líder iraniano no Twitter.

Além de Washington e Londres, Khamenei colocou a culpa da violência em Israel, no grupo dissidente exilado Mojahedin-e-Khalq e em “um rico governo” no Golfo, em referência ao rival regional do Irã, a Arábia Saudita.

Khamenei qualificou os protestos - que começaram inicialmente por questões econômicas, mas rapidamente se tornaram políticos - de “brincadeira com fogo”. Contudo, ressaltou que os cidadãos possuem o direito de expressar preocupações legítimas, uma rara concessão do líder que normalmente expressa claro apoio às repressões das forças da segurança. / REUTERS

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