Para Kremlin, declarações da Casa Branca sobre sanções aos russos são contraditórias

Rex Tillerson disse que ele e Donald Trump não acreditam que as novas restrições sejam 'úteis para esforços' de diplomacia com a Rússia

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MOSCOU - O Kremlin disse nesta quarta-feira, 2, que está ouvindo declarações contraditórias da Casa Branca sobre as novas sanções contra a Rússia aprovadas pelo Congresso dos EUA.

O secretário de Estado americano, Rex Tillerson, disse que ele e o presidente, Donald Trump, não acreditam que novas sanções sejam "úteis para esforços" de diplomacia com a Rússia. Contudo, a Casa Branca disse que o líder republicano pretende assinar o projeto de lei com as medidas restritivas.

O secretário de Estado americano, Rex Tillerson, disse que ele e o presidente, Donald Trump, não acreditam que novas sanções sejam "úteis para esforços" de diplomacia com a Rússia Foto: REUTERS/Jonathan Ernst

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Questionado sobre os comentários de Tillerson, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse a repórteres: "Nós não escutamos tais comentários. Observamos que há uma certa contradição nas declarações da Casa Branca".

"Sem dúvida, é importante que o presidente dos EUA esteja pensando sobre o estado atual e as perspectivas para as relações bilaterais", disse.

Quando perguntado se Peskov prevê que o presidente russo, Vladimir Putin, entre em contato com o seu colega americano nos próximos dias, ele respondeu com um simples e seco "não".

A reunião prevista entre o ministro de Assuntos Exteriores russo, Serguei Lavrov, e o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, ocorrerá no encontro de chanceleres da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), que será realizado em Manila nos dias 7 e 8.

Esse será o seu primeiro encontro desde o anúncio do Kremlin de domingo sobre a redução de 755 pessoas, a partir de 1.º de setembro, da força de trabalho das representações diplomáticas americanas na Rússia.

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O porta-voz do Kremlin esclareceu que a seleção dos afetados pelo corte corresponde à parte americana. "São diplomatas, pessoas sem status diplomático e funcionários locais, ou seja, cidadãos russos que trabalham ali.” / REUTERS e EFE

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