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Para Maduro, tentativa da MUD de tirá-lo do poder é 'loucura'

Presidente minimizou medidas anunciadas pela coalizão opositora na quarta-feira e disse que não sairá do cargo porque representa 'o povo, a revolução'; ele também voltou a criticar Obama

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Por Redação
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CARACAS - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que noite de quarta-feira, 8, que as tentativas da coalizão de oposição Mesa da Unidade Democrática (MUD) de tirá-lo do poder, seja por meio de um referendo revogatório ou de uma emenda constitucional para reduzir seu mandato "é uma loucura".

"Vocês não tirarão Maduro porque Maduro não é só Maduro, Maduro é o povo, é a revolução. Que parte disso não entenderam", ironizou o presidente, que disse ainda que os opositores podem anunciar "até cinco vias" - a MUD disse na quarta-feira que impulsionará três medidas -, que não conseguirão afastá-lo do cargo.

Maduro e sua mulher, Cilia Flores, cumprimentam chavistas durante ato no Palácio de Miraflores Foto: AFP PHOTO/JUAN BARRETO

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"Deixem a MUD com suas loucuras e suas obsessões. Com uma mão vamos pará-los e denunciá-los e com a outra continuaremos trabalhando", afirmou Maduro durante um ato no Palácio de Miraflores dentro das festividades do Dia Internacional da Mulher. "Se cruzarem a linha, encontrarão um povo com consciência clara e eu, na frente, enfrentando qualquer tentativa de desestabilizar nosso país."

EUA. Além das críticas aos opositores, o presidente também fez comentários negativos sobre o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, dizendo que ele "está deixando um legado perverso" ao prorrogar o decreto assinado em 2015 que declara o país caribenho "uma ameaça não usual e extraordinária". Maduro pediu que os venezuelanos respondam "nas ruas" ao presidente americano.

"Barack Obama está deixando um legado muito perverso, muito negativo sobre a América Latina e o Caribe, particularmente sobre a Venezuela", afirmou o presidente bolivariano. "Temos que responder nas ruas, com união, e eu me somarei a esse chamado."Para isso, Maduro informou que o governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) realizará atividades de rechaço a partir de sábado, que durarão até 14 de abril, para enfatizar "a denúncia nacional e internacional" do caso.

Neste mês, Obama renovou o decreto assinado em março de 2015 com ordens executivas para ampliar as sanções a determinados funcionários do Executivo venezuelano, criticando as políticas adotadas pelo governo chavista. Na ocasião, o presidente americano argumentou que o país caribenho segue "perseguindo opositores políticos, restringindo a liberdade de imprensa, usando a violência e violando os direitos humanos". / COM EFE

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