Para presidente do Sudão do Sul, rival declarou guerra

Depois de ataques do Sudão, comentário simboliza recrudescimento da retórica entre as nações

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Por AE
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PEQUIM - O presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, disse nesta terça-feira, 24, em viagem à China que os ataques lançados pelo rival Sudão representam uma declaração de guerra aos sul-sudaneses.Veja também:linkExército norte-coreano ameaça Coreia do SullinkPara EUA, programa de míssil teve ajuda chinesalinkCoreia do Norte exige que Seul peça perdão por insultosEmbora nenhum dos lados tenha feito uma declaração formal de guerra, o comentário de Kiir, feito durante encontro com o presidente chinês Hu Jintao, sinaliza o recrudescimento da retórica entre as nações rivais, que estão em conflito há vários meses.Kiir chegou à China na segunda-feira à noite para uma visita de cinco dias. Ele disse a Hu que a viagem ocorre "em um momento muito crítico para a República do Sudão do Sul porque nosso vizinho em Cartum declarou guerra" ao país.Segundo a mídia estatal chinesa, Hu respondeu que a China espera que os países "cessem os conflitos armados na fronteira" e procurem negociar com a comunidade internacional, que tenta mediar o conflito.O Sudão do Sul conquistou sua independência do país vizinho no ano passado, mas ambos ainda não conseguiram resolver disputas em relação às receitas de petróleo e ao traçado da fronteira. As negociações foram interrompidas neste mês.O Sudão continuou a atacar o vizinho hoje ao lançar oito bombas durante a madrugada, segundo o porta-voz militar sul-sudanês, o coronel Philip Aguer. Ele disse não saber se os bombardeios causaram vítimas por causa da comunicação precária.Na segunda-feira, os sudaneses já haviam bombardeado um mercado e um campo de petróleo no Sudão do Sul, causando a morte de pelo menos duas pessoas.As informações são da Associated Press.

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