PUBLICIDADE

Para Putin, casamento só existe se for entre 'um homem e uma mulher'

Presidente russo apoia proposta de inserir 'valores familiares tradicionais' na constituição do País

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

MOSCOU - O presidente russo, Vladimir Putin, declarou nesta quinta-feira, 13, que o casamento só é possível entre "um homem e uma mulher", apoiando a ideia de estabelecer esse princípio na Constituição russa.  

O presidente da Rússia, Vladimir Putin Foto: Sputnik/Aleksey Nikolskyi/Kremlin via REUTERS

PUBLICIDADE

"O casamento é uma união entre um homem e uma mulher", disse Putin durante uma reunião com um grupo de funcionários do Kremlin sobre a reforma constitucional proposta por ele em janeiro.

"É uma boa ideia e precisa ser apoiada. Só temos que refletir sobre como e onde sugeri-la", ressaltou, diante de uma proposta feita pela conservadora Olga Batalina de fixar na Constituição o apoio do governo aos "valores familiares tradicionais".

Segundo Batalina, o conceito de família está ameaçado atualmente por causa da tentativa de incluir termos como "pai número um" e "pai número dois".

"Não é uma fantasia, é uma realidade em muitos países", defendeu Batalina, que representa o partido Rússia Unida na Câmara Baixa do Parlamento (Duma), e que no passado apoiou ativamente a lei que proíbe "propagandas com conteúdo homossexual" no país.

"Quanto ao 'pai número um' e 'pai número dois' (...), enquanto for presidente, não aceitaremos isso. Teremos papai e mamãe", finalizou o presidente russo.

A homossexualidade deixou de ser crime em território russo em 1993. Até 1999, era considerada doença mental.

Publicidade

Durante suas duas décadas no poder, Putin se alinhou estreitamente com a Igreja Ortodoxa e procurou distanciar a Rússia dos valores liberais ocidentais, incluindo aqueles relacionados a gênero e sexualidade.

Em 2013, o governo Putin aprovou a proibição da chamada ‘propaganda gay’. A lei diz que é vetada a promoção de ‘relações sexuais não tradicionais’, com penas que podem chegar a R$ 340. Se a chamada ‘propaganda’ ocorrer em empresas ou escolas, a multa pode ultrapassar 30 mil reais. /AFP e REUTERS

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.