Para Rússia, Al-Qaeda está por trás de ataques na Síria

Explosões na semana passada mataram 55; 23 foram mortos em conflitos nesta segunda

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Por AE
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MOSCOU - A Rússia acusou nesta segunda-feira, 14, a rede terrorista Al-Qaeda de estar por trás dos violentos ataques com bombas ocorridos na Síria recentemente e fez advertências sobre um conflito prolongado e cada vez mais sangrento no qual nenhum lado tem predominância.

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O vice-ministro de Relações Exteriores, Gennady Gatilov, previu um futuro sombrio para a Síria, um mês depois de o governo de Bashar Assad ter assinado o plano de paz de seis pontos apresentado pelo enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Liga Árabe, Kofi Annan. Gatilov disse que o impasse chegou a um "equilíbrio" militar que será difícil de ser desfeito a menos que o Ocidente e os países árabes sejam mais duros com grupos opositores com os quais têm ligações. Mas ele acrescentou que a atual assistência estrangeira ao combatentes exige que a Rússia não deixe seu tradicional aliado sem defesa e mantenha o fornecimento de certas armas "defensivas" para o Exército de Assad. "É muito triste ver apoio tão poderoso à oposição, tanto financeiro quanto militar. Este apoio estrangeiro apenas incentiva a intransigência da oposição, fazendo com que mantenham suas atividades terroristas", afirmou Gatilov."Para nós, é absolutamente claro que grupos terroristas estão por trás disso - a Al-Qaeda e grupos que trabalham com a Al-Qaeda", acrescentou ele em referência à mortífera onda de ataques que recentemente atingiu as maiores cidades da Síria. Dois ataques suicidas realizados em Damasco na semana passada mataram 55 pessoas e feriram 372 do lado de fora do edifício de uma agência de segurança do governo. Um grupo islamita, desconhecido antes do início da revolta síria, divulgou um vídeo no sábado assumindo a responsabilidade pelo ataque. Mas o chefe do dissidente Exército Livre Sírio acusou, no domingo, a poderosa inteligência da Força Aérea de Assad de ter ligações com a Al-Qaeda e de desacreditar os grupos rebeldes. As informações são da Dow Jones.

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