
26 de fevereiro de 2014 | 23h35
Apesar da política de não ingerência, a avaliação dos diplomatas era de que o recado de inconformidade com qualquer quebra na institucionalidade precisava ser passado e o Brasil lideraria uma eventual reação. O País, que ajudou a desarmar a intenção dos blocos regionais, Celac e Unasul, de realizarem reuniões específicas para tratar da situação, entende que o clima está mais calmo.
O aviso serviu para os dois lados. O governo brasileiro não fez contato direto com os oposicionistas, mas os grupos contrários ao presidente Nicolás Maduro sabem que o discurso de derrubar o governo adotado por partidários de Leopoldo López, não seria aceito na região.
As conversas da diplomacia brasileira com os venezuelanos têm sido frequentes, não apenas com o chanceler Elías Jaua, mas com outros interlocutores do Brasil, como o ex-embaixador em Brasília e assessor especial da presidência da Venezuela, Maximilien Arvelaiz - indicado por Maduro para assumir a embaixada em Washington -, ainda muito próximo da chancelaria brasileira. A nomeação de um homem de confiança de Maduro foi vista como um sinal de que a Venezuela está tentando normalizar as relações com os EUA.
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