Paramilitares interrompem processo de paz na Colômbia

Paramilitares desmobilizados protestaram contra a transferência dos comandantes

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os 59 ex-comandantes paramilitares de extrema direita da Colômbia disseram nesta quarta-feira que dão por encerrado o processo de paz com o governo do presidente Álvaro Uribe. Em uma reunião com o alto comissário para Paz da Presidência da Colômbia, Luis Carlos Restrepo, os paramilitares se declararam "traídos" pelo governo, que ordenou sua transferência para uma prisão de segurança máxima. A crise nas negociações de paz foi iniciada na semana passada, quando o presidente Uribe ordenou a transferência dos paramilitares para a prisão de alta segurança de Itaquí, na província de Antioquia. "Dissemos diretamente ao comissário que o processo de paz acabou", afirmou, da prisão, o porta-voz dos paramiliates, Ernesto Báez. A reunião teve como mediadores o representante da Organização dos Estados Americanos (OEA) para o processo de paz, Sergio Caramagna, e o bispo da cidade de Montería, Julio César Vidal. Privilégios Desde que se entregaram, em agosto passado, os ex-comandantes paramilitares permaneciam detidos em uma prisão especial e gozavam de privilégios como telefones celulares, dormitórios com televisão a cabo, refrigerador, computador e acesso à internet. Com a transferência, perderam todos os benefícios. O governo explicou que a transferência tem o objetivo de prevenir possíveis planos de fuga e atividades ilegais de alguns detentos. "Foi uma reunião muito difícil, muito franca. Eles estão feridos, sentem-se traídos pelo governo. Eu diria que foi a reunião mais difícil em todos esses anos de diálogo", disse o bispo Julio César Vidal. Sergio Caramagna, o representante da OEA, afirmou que esta é a pior crise na negociação de paz entre os esquadrões de ultradireita e o governo de Uribe. include $_SERVER["DOCUMENT_ROOT"]."/ext/selos/bbc.inc"; ?>

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