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Paris, Berlim e Moscou aceitam resolução sobre o Iraque

Por Agencia Estado
Atualização:

França, Alemanha e Rússia vão dar seu aval à proposta de resolução dos EUA para remoção das sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU ao Iraque desde 1990, anunciou hoje, em Paris, o chanceler francês, Dominique de Villepin. A seu lado estavam os ministros de Relações Exteriores alemão, Joschka Fischer, e russo, Igor Ivanov. O documento dará à coalizão liderada pelos americanos o poder de governar o Iraque até a posse de um governo reconhecido pela comunidade internacional. Antes do ataque ao Iraque, França, Alemanha e Rússia se opuseram a uma resolução que permitiria aos EUA lançar um ataque ao território iraquiano com o aval do CS, fato que provocou o estremecimento de suas relações com Washington. O projeto deve ser enviado à votação amanhã, às 9h30, em Nova York, (10h30 em Brasília). "Mesmo que o texto não tenha ido tão longe como gostaríamos, decidimos votar por essa resolução", disse Villepin, frisando que ela é "resultado de um acordo" e que EUA, Espanha e Grã-Bretanha - os co-patrocinadores da proposta - "ouviram seus parceiros no CS". O governo americano e seus dois aliados do CS na guerra ao Iraque fizeram mais de 90 modificações no esboço original, apresentado no dia 9, para atender a reivindicações de outros membros, em especial Rússia, França e China, segundo o porta-voz dos EUA na ONU, Richard Grenell. A China não se pronunciou hoje. O acordo foi alcançado depois que os americanos concordaram com um papel maior da ONU na reconstrução do Iraque. Diplomatas na ONU disseram ser praticamente certo que o texto obtenha voto favorável de 12 dos 15 membros. A decisão de Paris, Berlim e Moscou garante, na prática, o êxito do encontro de cúpula do G8 - Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Itália, Japão, Canadá e Rússia - , em Evian (França), no início de junho.

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