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Paris "condena" resposta de Teerã, mas pede diálogo

"Condeno a resposta insatisfatória do Irã. No entanto, sigo convencido de que a via do diálogo deve ser sempre prioritária", afirmou o ministro

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro de Exteriores da França, Philippe Douste-Blazy, condenou nesta quinta-feira a resposta "insatisfatória" do Irã à proposta de negociação da comunidade internacional sobre seu programa nuclear, mas pediu que seja mantido o diálogo para solucionar o caso. "Condeno a resposta insatisfatória do Irã. No entanto, sigo convencido de que a via do diálogo deve ser sempre prioritária", afirmou o ministro. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) afirmou hoje que o Irã prossegue com seu programa de enriquecimento de urânio, ignorando o ultimato de suspensão feito pelo Conselho de Segurança da ONU, e cujo prazo expira hoje. "Em uma primeira leitura (do relatório da AIEA), as conclusões parecem confirmar nossa própria avaliação da resposta iraniana", afirmou Douste-Blazy, que havia pedido a Teerã que atendesse às exigências do Conselho de Segurança. O chefe da diplomacia francesa lamentou que o alto representante para a Política Externa da União Européia (UE), Javier Solana, não tenha podido reunir-se com o negociador-chefe do Irã, Ali Larijani, antes do fim do prazo dado pelo Conselho de Segurança. Para o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, a resposta do Irã é um "desafio" que deve acarretar "conseqüências". O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, advertiu nesta terça-feira que seu país não cederá às "ameaças", e que não renunciará ao processo de enriquecimento de urânio, principal exigência do Conselho de Segurança da ONU. A AIEA confirmou que Teerã mantém estas atividades e segue sem oferecer a cooperação requerida para concluir a investigação sobre seu programa nuclear. Segundo os inspetores da AIEA, o "Irã não suspendeu suas atividades relacionadas ao enriquecimento (de urânio), nem atuou de acordo com o Protocolo Adicional (do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, TNP)", que permite a realização de inspeções sem aviso prévio em qualquer instalação nuclear.

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