Paris considera "negativa" instalação de novas centrífugas

"Não é uma surpresa", mas é "um sinal negativo que teremos que levar em conta" na avaliação do dossiê, disse o porta-voz do Ministério de Exteriores francês

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Por Agencia Estado
Atualização:

A França considerou nesta sexta-feira um "sinal negativo" a instalação pelo Irã de uma segunda cascata de centrífugas para enriquecer urânio, em meio às conversas no Conselho de Segurança da ONU sobre um projeto de sanções. "Não é uma surpresa", mas é "um sinal negativo que teremos que levar em conta" na avaliação do dossiê, disse o porta-voz do Ministério de Exteriores francês, Jean-Baptiste Mattei. O porta-voz disse que continua aberta a possibilidade de uma saída negociada, se Teerã mudar de atitude, mas que a prioridade é a ação no Conselho de Segurança. Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (EUA, Rússia, China, França e Reino Unido) e a Alemanha começaram na quinta-feira a negociar sobre um texto elaborado pelos três europeus e que prevê sanções ao Irã, que não atendeu ao pedido do órgão da ONU de suspender o enriquecimento de urânio. As conversas entre os seis países continuarão na próxima semana, disse o porta-voz francês, que ressaltou que as medidas propostas são seletivas, já que estão direcionadas contra os programas nuclear e de mísseis balísticos do Irã. Na cidade chinesa de Wuhan, onde está nesta sexta-feira em visita oficial, o presidente francês, Jacques Chirac, disse que nunca foi "grande partidário das sanções" e que prefere o "diálogo". Mas, se o diálogo não prosperar, seriam necessárias sanções "adaptadas, provisórias e reversíveis", disse Chirac à imprensa, que acrescento que "neste caso particular", é evidente que "a ambição" do Irã no âmbito nuclear "não é compatível com a idéia que temos da não-proliferação".

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