Parlamentares russos dão apoio inicial a pacto nuclear com os EUA

Tratado será examinado pela Casa mais duas vezes em janeiro para ter aprovação final.

PUBLICIDADE

Por BBC Brasil
Atualização:

Novo pacto nuclear prevê a redução dos arsenais dos dois países A câmara baixa do Parlamento russo concedeu nesta sexta-feira seu apoio inicial ao Tratado Estratégico de Redução de Armas (Start, na sigla em inglês), que prevê a redução dos arsenais nucleares da Rússia e também dos Estados Unidos. Para ser aprovado em definitivo pela Casa, o tratado precisará passar por outras duas votações em janeiro. O pacto nuclear deve então ser votado pela câmara alta da Duma, como o Parlamento russo é conhecido. "Não devemos ser criticados por um processo lento de ratificação", disse o presidente do comitê de Defesa do Parlamento, Viktor Zavarzin. "Nesse tema, não temos o direito de cometer erros, precisamos levar em conta todos os aspectos." A proposta foi aprovada com 350 a favor e 81 contra. Antes da votação, o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, elogiou o presidente americano, Barack Obama, por pressionar o Senado americano a aprovar o pacto. Ogivas Na quarta-feira, o tratado foi aprovado por 71 votos a favor contra 26 pelo Senado americano, após meses de discussões. Alguns dos principais senadores republicanos se opuseram ao plano O tratado, que vai substituir o antigo Start, foi assinado pelos presidentes Obama e Dmitry Medvedev em abril deste ano. O documento limita o arsenal nuclear dos dois países a 1.550 ogivas nucleares posicionadas - um corte de cerca de 30% em relação ao limite fixado oito anos atrás. O acordo também vai permitir que cada lado possa inspecionar visualmente a capacidade nuclear do outro, com o objetivo de verificar quantas ogivas estão dentro de cada míssil. Além disso, haverá limites obrigatórios para o número de ogivas e mísseis que podem ser usados em terra, em submarinos ou em aeronaves. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.