Parlamento britânico rejeita emenda para receber 3 mil crianças refugiadas
Conservadores venceram por 294 votos contra 276 e rejeitaram modificar a Lei de imigração sob o argumento que admitir refugiados que entraram na Europa ilegalmente favorece máfias que traficam pessoas
Por Redação
Atualização:
LONDRES - O Parlamento britânico rejeitou uma emenda apresentada pelo Partido Trabalhista para que a Grã-Bretanha receba 3 mil crianças refugiadas que se encontram sem os pais em solo europeu.
Com 294 votos contra e 276 a favor, a maioria conservadora se impôs para rejeitar a modificação na Lei de Imigração sob o argumento de que admitir refugiados que entraram de forma ilegal na União Europeia favoreceria às máfias que traficam pessoas.
As transformações em Calais
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As transformações em Calais
A polícia da França começou a desmontar parte da "selva", a favela de imigrantes que se situa em Calais, no norte do país. Na imagem, imigrante se pro... Foto: REUTERS/Pascal RossignolMais
As transformações em Calais
An African migrant pushes his bicycle in a camp close the city hall in Calais, northern France, May 22, 2014. French authorities announced on Wednesda... Foto: REUTERS/Pascal RossignolMais
As transformações em Calais
Com cartazes em árabe e inglês, imigrantes de origem Africana protestam na frente da prefeitura de Calais, na França, em setembro de 2014, contra a vi... Foto: REUTERS/Pascal Rossignol Mais
As transformações em Calais
Visão geral de uma das primeiras formações da "selva", em abril de 2015, que se tornaria um amplo emaranhado de barracos construído pelos imigrantes q... Foto: REUTERS/Pascal RossignolMais
As transformações em Calais
Observada do alto, a "Selva" em calais, começava a se desenvolver às margens da rodovia que dá acesso ao Eurotúnel; em julho de 2015, cerca de 3 mil i... Foto: REUTERS/Pascal RossignolMais
As transformações em Calais
Imigrantes muçulmanos realizam uma de suas rezas diárias ao lado de uma mesquita improvisada em Calais, em agosto de 2015 Foto: REUTERS/Peter Nicholls
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Em pouco mais de três meses o número de moradores acampados na selva, em Calais, mais do que dobrou: em outubro eram mais de 6 mil imigrantes Foto: REUTERS/Pascal Rossignol
As transformações em Calais
No fim de 2015 o governo francês construiu uma série de abrigos com contêineres em Calais capazes de abrir centenas de imigrantes que deixaram suas ba... Foto: REUTERS/Benoit TessierMais
As transformações em Calais
Visão aérea da "selva" mostra a área onde foram construídos os abrigos temporários (ao fundo) capazes de abrir centenas de imigrantes que aguardam em ... Foto: REUTERS/Pascal RossignolMais
As transformações em Calais
Depois da confirmação que as autoridades francesas demoliriam parte da "selva", os imigrantes realizaram uma série de protestos, entraram em confronto... Foto: REUTERS/Pascal RossignolMais
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Desolado, imigrante (ao fundo) senta no teto de tenda enquanto observa trabalhadores contratados pela prefeitura de Calais demolirem parte do barracos... Foto: REUTERS/Pascal RossignolMais
As transformações em Calais
Imigrante observa escavadeira retirando restos do barracos demolidos pela prefeitura de Calais na quinta-feira, 3 Foto: AFP / PHILIPPE HUGUEN
As transformações em Calais
A polícia antidisturbios da França acompanha imigrante ilegal em Calais que carrega seus pertences em um carrinho de mercado; desde o fim de fevereiro... Foto: AFP / PHILIPPE HUGUEN Mais
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Alguns deputados conservadores discordaram da linha oficial do partido do governo, como Stephen Phillips, que pediu a seus companheiros de formação que apoiassem a emenda, ao argumentar que "tempos excepcionais requerem medidas excepcionais".
"Essas crianças já estão na Europa. Estão sozinhas, longe de suas famílias. Têm frio, estão assustados e muitas vezes não têm acesso a quem possa protegê-las", defendeu.
A também conservadora Heidi Allen tomou a "dura decisão" de se abster, segundo admitiu nas redes sociais após a sessão parlamentar da noite de segunda-feira.
A proposta foi impulsionada na Câmara dos Lordes pelo trabalhista Alf Dubs e apoiada pelos liberal-democratas e pelos independentistas escoceses do SNP, além do Partido Trabalhista.
O porta-voz de imigração da oposição, Keir Starmer, criticou a postura do governo ao assinalar que "não se pode dar as costas a essas crianças em situação vulnerável".
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"A história nos julgará por isto", ressaltou Starmer, enquanto o conservador Edward Leight defendeu que é mais "justo" ajudar as crianças em perigo na Síria em vez das que conseguiram chegar à Europa. /EFE