
25 de março de 2020 | 14h53
BERLIM - O Parlamento da Alemanha aprovou nesta quarta-feira, 25, um pacote de medidas de cerca de € 1,1 trilhão (quase R$ 6 trilhões) destinado a permitir que a primeira economia europeia enfrente o impacto da pandemia do novo coronavírus.
Os deputados, espalhados por toda a Câmara para limitar a possibilidade de contágios, aprovaram novos empréstimos no valor de € 156 bilhões para apoiar empresas, trabalhadores e o sistema de saúde, além de centenas de bilhões em garantias para os empréstimos bancários empresariais.
Esse pacote de medidas sem precedentes será agora submetido à Câmara Alta do Parlamento, que representa os Estados federais.
Sua adoção é praticamente certa, já que os líderes regionais expressaram unanimemente seu apoio ao plano da chanceler Angela Merkel, para o qual foi decidido suspender as restrições constitucionais de endividamento.
Essas medidas incluem um "fundo de estabilização econômica" que oferece € 400 bilhões em garantias para as dívidas das empresas, € 100 bilhões em empréstimos ou investimentos em empresas e € 100 bilhões para ajudar o banco de investimento público KfW.
O KfW pode no futuro garantir cerca de € 822 bilhões em empréstimos. O governo federal vai oferecer às pequenas empresas até € 50 bilhões em doações.
O pacote de medidas inclui também € 3,5 bilhões para o sistema de saúde, além de € 55 bilhões que estão prontos com base nas necessidades da luta contra a pandemia.
O ministro da Economia, Peter Altmaier, disse na terça-feira que uma contração econômica de cerca de 5% é esperada para 2020 devido ao impacto da pandemia, semelhante à diminuição da atividade econômica que ocorreu na crise financeira de 2008-2009.
Por conta do coronavírus, a confiança dos consumidores alemães cairá em abril após uma primeira queda em março, de acordo com o barômetro GfK.
Se espera que o indicador atinja 2,7 pontos, seu valor mais baixo desde a grande crise de 2009. A diminuição é de 5,6 pontos em relação a março, que foi revisada para 8,3 pontos abaixo de 1,5 pontos percentuais./AFP
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