14 de dezembro de 2016 | 12h45
PARIS - A Câmara baixa do Parlamento da França decidiu, em uma votação realizada no início desta quarta-feira, 14, prorrogar o estado de emergência até 15 de julho de 2017, já que o país continua em alerta contra a ameaça de ataques terroristas.
Um total de 288 deputados votaram a favor (os socialistas e a maior parte da oposição conservadora), enquanto 32 se pronunciaram contra (ecologistas, radicais de esquerda e alguns membros dos Republicanos) e 5 se abstiveram.
A renovação da medida já havia sido proposta no dia 10 pelo novo primeiro-ministro, Bernard Cazeneuve. Os partidos políticos estão ansiosos para demonstrar que estão atentos à ameaça, no momento em que a França se prepara para as eleições presidenciais, que acontecerão em 2017.
O Senado francês também irá analisar a medida na quinta-feira. Se for aprovado, o país ficará 20 meses consecutivos sob esse regime, que permite ao Executivo adotar algumas medidas sem o aval dos juízes, como registros domiciliários ou restrições de movimentos para pessoas suspeitas. Além disso, ele também autoriza a suspensão de atividades, o fechamento de salas ou espaços, e a proibição de circulação de veículos ou pessoas por certos lugares.
O governo socialista impôs o estado de emergência - que dá mais poderes para a polícia realizar buscas e prisões - em novembro de 2015. A medida foi uma reação aos ataques de militantes islâmicos em Paris que deixaram 130 mortos.
O estado de emergência, que originalmente deveria terminar em meados de janeiro, já foi renovado quatro vezes porque o governo considera que o risco de ataques armados de militantes islâmicos continua alto. / REUTERS e EFE
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